O processo de urbanização no Brasil iniciou-se em 1532 com a fundação da Vila de São Vicente, no litoral paulista. Salvador, a primeira cidade brasileira, foi fundada em 1549. O urbanismo brasileiro teve início proficuamente com a vinda da “Família Real” em 1808. A partir daí podemos observar as construções, ou seja, o desenvolvimento da cidade do Rio de Janeiro, atual capital do Brasil naquele contexto, com a utilização do aparato burocrático inserido nas relações administrativas e a intervenção do legado de nossa herança colonial como idéia e forma de desenvolvimento dos espaços, principalmente, o urbano na qual as visões tradicionais vão se confrontando com os valores modernos emergidos na Europa e futuramente, apropriados pelo país.
O crescimento urbano brasileiro ocorreu, historicamente, com base numa profunda desigualdade social. Desde a emergência do trabalhador livre na sociedade brasileira, quando as cidades tendem a ganhar nova dimensão, tem início a questão da habitação. As relações sociais se degradam na mesma medida do ambiente miserável a que são sujeitadas; identificam-se os crescimentos generalizados da pobreza e da violência urbanas, e, conquanto não se possa ainda estabelecer a necessária existência de uma relação, também não se deve duvidar de que esta é amplamente favorecida em tais condições. A questão da habitação na sociedade capitalista contemporânea não decorre, conforme difundido pela concepção dominante, do desequilíbrio entre a carente oferta de imóveis e uma vasta população consumidora, mas sim, resulta de um processo complexo e contraditório da estruturação urbana, sobretudo na fase monopólica do capitalismo.
O MTST, juntamente com outros movimentos de luta pela moradia, também construiu seu manifesto, em prol de uma democratização da riqueza, onde reivindica “desapropriações de terrenos e edifícios urbanos que não cumprem função social, destinando-os às demandas populares organizadas”, além de demandas por políticas sociais de inclusão social, numa tentativa de passagem de seus aglomerados de exclusão para novos territórios-rede, onde seus personagens vivem de forma socialmente mais justa e com direitos de cidadania assegurados.
Palavras-chaves: urbanização brasileira; moradia; lutas urbanas; movimento dos sem tetos.
Micaela Souza dos Santos
obrigado, seu texto me ajudou muito , valeu.
ResponderExcluirtambem me ajudou muito, obrigado belo texto
ResponderExcluirTexto muito claro e objetivo! Muito obrigada!:)
ResponderExcluirBELO TEXTO !!
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