“Quando os pais chegaram com Maria para a primeira consulta, ela entrou
correndo na ponta dos pés, sem olhar para nada. A mãe a segurou e disse para
mim: "ela não fica parada tem muita energia". Os pais se sentaram e
Maria ficou correndo pela sala sem explorar os objetos e sem nos dirigir o
olhar.
Pedi aos pais para falarem de suas preocupações em relação à filha. A mãe se adiantou e disse que o mais preocupante era o fato de Maria não falar, pois o resto, segundo ela, "eram coisas de criança mesmo".
Enquanto a mãe falava, Maria emitia grunhidos e girava as mãos em frente ao seu rosto, com muita velocidade e leveza. Ela parecia hipnotizada com o movimento das mãos. As pontas dos pés tocavam o chão, com tal leveza e agilidade, que davam a impressão de não carregarem o peso do corpo.
A mãe se referiu aos seus passeios com Maria, ocasião em que segurava a filha pelas mãos com o intuito de fazer as pessoas não repararem o movimento das mãos: "você pode ver que ela só parece que é estranha quando fica fazendo isso com as mãos ou quando começa a gritar e bater a cabeça, mas se fica quieta, ninguém repara porque ela não tem nenhuma marca que diga que ela é doente". Neste momento, seus olhos se encheram de lágrimas e ela disse: “todas as noites quando a vejo dormindo fico pensando que no outro dia ela vai acordar me chamando de mãe”. Dormindo, ela parece com uma criança normal". O pai continuava imóvel e calado.”
Pedi aos pais para falarem de suas preocupações em relação à filha. A mãe se adiantou e disse que o mais preocupante era o fato de Maria não falar, pois o resto, segundo ela, "eram coisas de criança mesmo".
Enquanto a mãe falava, Maria emitia grunhidos e girava as mãos em frente ao seu rosto, com muita velocidade e leveza. Ela parecia hipnotizada com o movimento das mãos. As pontas dos pés tocavam o chão, com tal leveza e agilidade, que davam a impressão de não carregarem o peso do corpo.
A mãe se referiu aos seus passeios com Maria, ocasião em que segurava a filha pelas mãos com o intuito de fazer as pessoas não repararem o movimento das mãos: "você pode ver que ela só parece que é estranha quando fica fazendo isso com as mãos ou quando começa a gritar e bater a cabeça, mas se fica quieta, ninguém repara porque ela não tem nenhuma marca que diga que ela é doente". Neste momento, seus olhos se encheram de lágrimas e ela disse: “todas as noites quando a vejo dormindo fico pensando que no outro dia ela vai acordar me chamando de mãe”. Dormindo, ela parece com uma criança normal". O pai continuava imóvel e calado.”
A conduta observada se caracteriza como Autismo.
De acordo com DSMIV, o autismo neste
caso nota-e com a incapacidade da criança em estabelecer um sistema adequado de
comunicação com o ambiente, “sem
olhar para nada” “sem explorar os objetos” e não demostrando reação á
presença de estranho inclusive com a mãe como é citado: “acordar me chamando de mãe”.
Notam-se o prejuízo acentuado no uso de múltiplos comportamentos não verbais,
tais como contato visual direto, expressão facial, posturas corporais
observadas “sem nos dirigir o olhar” e os
movimentos artísticos “correndo na ponta dos pés”. O fato de não falar, refere-se aos prejuízos qualitativos na comunicação manifestado pelo uso estereotipado
da linguagem com grito. Outra característica observada são os comportamentos
motores particulares apresentados com os movimentos repetitivos com as mãos
seguidamente ritmados que podem ser realizados com ou sem objeto durante um
tempo prolongado e sem pausa. O movimento é via de entrada possível no
tratamento destas crianças.
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