Postagens populares

domingo, 2 de outubro de 2011

Educação Inclusiva: Projeto Político-Pedagógico

               A escola ou instituição de Educação Infantil torna-se inclusiva quando há uma nova postura da escola comum que propõe no projeto pedagógico, no currículo, na metodologia de ensino, na avaliação e na atitude dos educando, ações que favorecem a interação social, e essa postura educacional tem como alicerce: acessibilidade, projeto político, criação de redes e de parcerias, formação de professores e atendimento educacional especializado. (A INCLUSÃO, 2007, p. 20).
         Para que uma escola se torne inclusiva há que se contar com a participação consciente e responsável de todos os atores que permeiam o cenário educacional: gestores, professores, familiares e membros da comunidade na qual cada aluno vive, [...] constata-se, portanto, em transformações de idéias, de atitudes, e de práticas das relações sociais, tanto no âmbito político, no administrativo, como no didático- pedagógico (BRASIL, 2004, p. 8).
O processo de mudança iniciar-se na construção do Projeto Político-Pedagógico da escola. Que em linhas gerais, têm por objetivo favorecer, á comunidade escolar, a compreensão da função social da escola, seu papel e seus objetivos sobre a escola, sobre a comunidade, sobre as necessidades dessa comunidade e sobre os objetivos a serem alcançados por meio da função social da escola (BRASIL, 2004, p.10).
Como ponto de referência deve orientar a operacionalização do currículo, como um recurso para promover o desenvolvimento da aprendizagem dos alunos considerando os seguintes aspectos: a atitude favorável da escola para diversificar e flexibilizar o processo de ensino e aprendizagem; a identificação das necessidades educacionais especiais; a adoção de currículos abertos e propostas curriculares diversificadas, a flexibilização quanto á organização e o funcionamento da escola para atender à demanda diversificada dos alunos; a possibilidade de incluir professores especializados, serviço de apoio para favorecer o processo educacional (BRASIL, 2006, p.67) . 
  O currículo a ser desenvolvido numa escola inclusiva, principalmente na Educação Infantil, deve estar em um processo constante de revisão e adequação. Com relação “à proposta pedagógica cabe apontar a importância das flexibilizações curriculares para viabilizar o processo de inclusão para que possam ser facilitadoras e não dificultadoras” (p.19), as adequações curriculares necessitam ser pensadas a partir do contexto grupal em que se insere determinado aluno. As adequações curriculares devem produzir modificações que possam ser aproveitadas por todas as crianças de um grupo ou pela maior quantidade delas (BRASIL, 2004, p. 20).
As propostas da Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva devem ter inicio na Educação Infantil, na qual se desenvolvem as bases necessárias para se promover condições através das metodologias e estratégias de atendimento pedagógico. Nessa etapa, o lúdico, o acesso às formas diferenciadas de comunicação, a riqueza de estímulos nos aspectos físicos, emocionais, cognitivos, psicomotores e sociais e a convivência com as diferenças favorecem as relações interpessoais, o respeito e a valorização da criança. Do nascimento aos três anos, o atendimento educacional especializado se expressa por meio de serviços de estimulação precoce, que objetivam aperfeiçoar o processo de desenvolvimento e aprendizagem em interface com os serviços de saúde e assistência social (INCLUSÃO, 2008, p. 16).                       

       Micaela Souza dos Santos
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA. Inclusão: Revista da Educação Especial. Brasília: MEC/SEESP, v.4. n. 1, jan./jun. 2008. 16p.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Educação inclusiva: a escola. Organização de Maria Salete Fábio Aranha. v.3. Brasília: MEC/SEESP, 2004. 26p.

______. Saberes e práticas da inclusão: desenvolvendo competências para o atendimento às necessidades educacionais especiais de alunos com altas habilidades/ superdotação. 2. ed. Brasília: MEC/SEESP, 2006. 143p.

A INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA CRESCE E MUDA A PRÁTICA DAS CRECHES E PRÉ-ESCOLAS. Revista criança do professor de educação infantil. Brasília: MEC/DPE-SEB, nov. 2007. 20p.

Nenhum comentário:

Postar um comentário