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terça-feira, 6 de março de 2012

FALANDO DE PAULO FREIRE



O quadro negro era o chão do quintal. Os gravetos o seu giz. As palavras que Paulo Freire aprendeu, quando criança, ensinadas por sua mãe debaixo das mangueiras, transformaram-se no mais legítimo instrumento de conscientização e transformação.
Foi um humanista, seu pensamento inspirou-se no personalismo de Emmanuel Mounier, bem como no existencialismo, na fenomenologia e no marxismo, sem, contudo, tornar-se mais um multiplicador e repetidor dessas doutrinas. Soube assimilar elementos fundamentais para incluí-los na sua concepção pedagógica.
Os textos de Paulo Freire unem correntes diferentes do humanismo e marxismo, conferindo-lhes pluralidade e fazendo com que um público mais numeroso tenha acesso à sua obra.
A escritora Rosiska Darcy de Oliveira e Pierre Dominicé observam que o pensamento de Freire corre o risco de servir a cada leitor segundo seus interesses.
É que a sua pedagogia acabou sendo revestida de uma expressão universal, uma vez que a relação oprimido-opressor que ele abordou ocorre universalmente e suas teorias se enriqueceram com as mais variadas experiências de grande parte do mundo.
Ao sul do Chile, por exemplo, seu método foi aplicado de forma bilíngüe por Izabel Hernández com os índios mapuche, que contam mais de 600 mil habitantes naquele país. Paulo Freire esteve em vários países da Europa, África, Ásia, América Latina, Estados Unidos e Canadá, aplicando seu método, promovendo consciência, libertação e transformação.

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